Desde que a Google chegou ao expoente máximo da Internet que ela tem sido atacada em muitas frentes relativamente a inúmeras leis que cada país tem. Muitas das punições que ela até acabou por receber fizeram com que reformulassem muitas coisas ao nível do funcionamento das pesquisas. Uma das coisas que mudou foi a remoção de resultados que apontassem para conteúdos ilegais, como muitas vezes chamados "downloads piratas" ou até "Warez".
O problema desta maneira de funcionar é que a Internet é uma imensidão de espaços onde o controlo de cada resultado é humanamente impossível. Nesse sentido a Google tem parcerias com entidades credíveis, que normalmente são autoras dos produtos que são afetados por esses sites ilegais.
Um dos exemplos dessas entidades é a Microsoft que diariamente envia relatórios DMCA (Digital Millennium Copyright Act) à Google para que removam certos resultados de pesquisa que apontam para software ilegal dos produtos Microsoft, nomeadamente do Microsoft Office. O problema desta parceria é que estão a dar poder a uma entidade que já foi acusada várias vezes de ser anti-ética e pouco transparente.
Aliás, esta notícia vem comprovar exatamente que essas acusações existem! Segundo o site torrentfreak a microsoft anda a aproveitar esta função de apagar resultados ilegais do Google para remover também resultados dos seus maiores concorrentes, neste caso o OpenOffice. Para além disso, o referido site vai mais além e parece que ela também está a fazer isso ao seu próprio motor de busca, o Bing.
Dos muitos milhares de links que a Microsoft já reportou à Google (já ultrapassam o milhão só no último mês), a maioria é claramente de conteúdos ilegais dos seus próprios produtos. No entanto, há uma porção de links relativa ao OpenOffice, tal como você pode ver pela imagem abaixo:
Como é sabido um dos meios mais comuns de partilha de conteúdos OpenSource é o Torrent. E a maioria dos links que a Microsoft reportou contra o OpenOffice foram relativos a sites de torrents. No entanto, sejam torrents ou não, este tipo de remoção não pode ser admissível, ainda para mais sendo de um concorrente direto aos seus produtos.
Entretanto, segundo o mesmo site, a Microsoft já pediu desculpas, referindo que obviamente que respeitam sempre os direitos de autor e que tentarão resolver este problema o mais rápido possível. Até ao momento não se sabe que medidas tomou para reverter a situação.
Apesar da Microsoft pedir desculpas, alguns dias depois criou um site a atacar o LibreOffice, denegrindo a suite livre que vem por padrão no Ubuntu. Veja a notícia aqui: