nois vai, nois foi, se ta bao etc. e não pode esquecer o pequi




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Luis Cardoso (29-10-2012, 10:49) escreveu:Saresa (29-10-2012, 10:26) escreveu:Outro elemento: o dialeto caipira, usado principalmente na zona rural e interior de São Paulo, norte do Paraná, leste do Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e Goiás.
Um exemplo: essa história do Chico Bento, personagem de Mauricio de Sousa, em que um primo da cidade vem visitá-lo para seu aniversário, mostra bem as diferenças (se bem que exageradas).
http://www.monica.com.br/comics/primo/pag1.htm
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Adoro ler e ver na TV a Turma da Mónica! Desde pequeno que acompanho estas histórias
P.S.: Desde o momento em que lia a BD da Turma da Mónica, que fiquei com a ideia de que havia diferenças consoante a localização dentro do próprio Brasil. Já em Portugal muda-se um pouco o sotaque falado, mas na escrita, é sempre tudo igual, pode variar uma ou outra expressão, mas só se sente quando estamos cara a cara. Eu por exemplo, tenho um sotaque diferente do sotaque do Cláudio, pois apesar de ter nascido em Castelo Branco, vivi grande parte do tempo nos arredores de Lisboa. Logo tenho uma ligeira mistura dos dois sotaques. O Cláudio é mais nortenho, apresentando um sotaque mais daquela região!
Nas primeiras semanas, os meus pais tiveram de aprender que os Lisboetas chamavam à Maçã, Pero. Por isso quando pediam maçã, os comerciantes ficavam admirados com o nome. Entretanto com o crescimento dos Media, o pero caiu um pouco em desuso, principalmente com o aparecimento dos grandes centros comerciais, onde apresentavam fruta de diversos pontos do País. Assim, a palavra maçã começou a ficar mais conhecida.
Ron Alon (29-10-2012, 12:08) escreveu:Aqui no Brasil a escrita é a mesma. No caso do gibi do Mauricio de Sousa, ele escreve daquela forma para mostrar o jeito que é falado - não que se escrevem daquele jeito.
Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:É isso... acho que foi mais um desabafo... me desculpem se fui gosseira, não foi minha intenção.
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Claudio Novais (29-10-2012, 19:20) escreveu:Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:É isso... acho que foi mais um desabafo... me desculpem se fui gosseira, não foi minha intenção.
Nada disso! Por acaso estou a gostar muito desta conversa!
Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:Vocês tocaram num ponto muito interessante, que é o sotaque.
Aqui no Brasil, temos o costume de zombar com o sotaque alheio. Principalmente o do interior (caipira), ou o nordestino, que todos acham que é o mesmo, mas varia de estado para estado.
Talvez, um dos sotaques mais "odiados" seja o meu, que é o "carioca", ou "carioquês"... As pessoas de outras regiões dizem que falamos a letra "s" errado. Mas nós não falamos o "s" ("ésse") errado, é dito da mesma forma que nos outros estados. Nós apenas chiamos quando pronunciamos palavras que carregam a letra "s". Exemplo: "Escárnio". A pronúncia fica "eshcárnio"... Nós fica "nósh"... é um chiado, que em Portugal, eu não vejo ninguém reclamar. Sinceramente, eu acho o cúmulo do absurdo, quando dizem que falamos "errado" por causa de um simples chiado que herdamos dos portugueses!
Eu sempre fico "a pensar com os meus botões" sobre este assunto. Eu não consigo entender o fato/facto de as pessoas não entenderem essa herança do falar.
O Rio de Janeiro, foi, durante anos, a morada da Família Real Portuguesa... E eu continuo sem entender...
Outra coisa interessante, aqui no Rio, mesmo quando vamos para o interior do estado, não há sotaque de "caipira". Eu não sei o motivo, mas eu nunca escutei nada parecido por aqui.
É isso... acho que foi mais um desabafo... me desculpem se fui gosseira, não foi minha intenção.
Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:Talvez, um dos sotaques mais "odiados" seja o meu, que é o "carioca", ou "carioquês"...
Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:33) escreveu:Claudio Novais (29-10-2012, 19:20) escreveu:Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:É isso... acho que foi mais um desabafo... me desculpem se fui gosseira, não foi minha intenção.
Nada disso! Por acaso estou a gostar muito desta conversa!
Também estou gostando da conversa. Aliás, falar da língua portuguesa é meu "hobby".
Eu não entendo uma regra sequer de gramática, não gosto de estudar a língua portuguesa pela escrita. Eu gosto da história. Acho muito interessante.
Não sei se escrevo certo... tenho que admitir que este é um dos motivos de eu não interagir muito com pessoas em fóruns, apesar de que eu prefiro "conversar escrevendo" a "conversar falando".
João Cláudio (29-10-2012, 19:43) escreveu:Nos meus tempos de escola, tinha uma menina que era carioca. Ela chiava? Sim. Mesmo já morando na minha cidade a mais de dez anos, mas ela se esforçava pra manter o sotaque original dela, acho que se orgulhava disso.
Ela sofria o que hoje chamamos de bullying, mas não por causa do chiado, e sim pela forma como falava algumas palavras, o que também varia de região pra região. Por exemplo "banana", aqui pronunciamos o primeiro 'a' anasalado [bãnãna]. Já ela pronunciava com o primeiro 'a' aberto [bánãna]. Até aí, não tinha problemas em ser diferente. O que a tornou alvo das brincadeiras foi a prepotência de sempre insistir que a forma como ela falava era certa, e que todos nós estávamos errados, por mais que todos os nossos professores insistissem que ambas formas estavam corretas.Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:Talvez, um dos sotaques mais "odiados" seja o meu, que é o "carioca", ou "carioquês"...
O seu sotaque nem de longe é o mais odiado. Infelizmente, no Brasil ainda existe muito preconceito com pessoas de outras regiões, mas o sotaque carioca, junto com o paulista, são os que mais imperam nos meios de comunicação. Logo, são bem mais 'normais' e 'aceitáveis' do que o sotaque gaúcho ou o pernambucano.
Falo pernambucano por que sim, é muito diferente do meu sotaque [sou potiguar], muito diferente do sotaque baiano e do cearense. Mas, todos esses três são extremamente repreendidos em cidades como a sua. E a variedade é tão grande que mesmo dentro de um estado podemos perceber a diferença entre como se fala na capital e no interior.
Luis Cardoso (29-10-2012, 19:38) escreveu:Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:Vocês tocaram num ponto muito interessante, que é o sotaque.
Aqui no Brasil, temos o costume de zombar com o sotaque alheio. Principalmente o do interior (caipira), ou o nordestino, que todos acham que é o mesmo, mas varia de estado para estado.
Talvez, um dos sotaques mais "odiados" seja o meu, que é o "carioca", ou "carioquês"... As pessoas de outras regiões dizem que falamos a letra "s" errado. Mas nós não falamos o "s" ("ésse") errado, é dito da mesma forma que nos outros estados. Nós apenas chiamos quando pronunciamos palavras que carregam a letra "s". Exemplo: "Escárnio". A pronúncia fica "eshcárnio"... Nós fica "nósh"... é um chiado, que em Portugal, eu não vejo ninguém reclamar. Sinceramente, eu acho o cúmulo do absurdo, quando dizem que falamos "errado" por causa de um simples chiado que herdamos dos portugueses!
Eu sempre fico "a pensar com os meus botões" sobre este assunto. Eu não consigo entender o fato/facto de as pessoas não entenderem essa herança do falar.
O Rio de Janeiro, foi, durante anos, a morada da Família Real Portuguesa... E eu continuo sem entender...
Outra coisa interessante, aqui no Rio, mesmo quando vamos para o interior do estado, não há sotaque de "caipira". Eu não sei o motivo, mas eu nunca escutei nada parecido por aqui.
É isso... acho que foi mais um desabafo... me desculpem se fui gosseira, não foi minha intenção.
Aqui os sotaques não são tão pronunciados, mas nós com uma simples frase e/ou expressão, podemos dizer logo se a pessoa é do Noerte (com o sotaque do Norte), das Bêras (com o sotaque das Beiras), etc.
Nem imagina a confusão que cria nalgumas pessoas quando agradeço com a seguinte expressão: «Bem haja!». Na terra onde nasci, usa-se muito esta expressão, pois quando a pessoa faz algo de livre vontade, não faz qualquer sentido dizer a essa pessoa que ela tinha sido obrigada, podendo até deixá-la ofendida por esse facto. A resposta mais comum era: «Eu não fui obrigado a nada! Fiz, porque quis.». Sempre me ensinaram a dizer a expressão mais "educada" da terra e ainda hoje a uso. Mas devido a essas questões e para evitar confusões ou deixar as pessoas na dúvida, lá digo "obrigado" ou "obrigada".
Luis Cardoso (29-10-2012, 19:45) escreveu:Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:33) escreveu:Claudio Novais (29-10-2012, 19:20) escreveu:Alessandra Vianna (29-10-2012, 19:15) escreveu:É isso... acho que foi mais um desabafo... me desculpem se fui gosseira, não foi minha intenção.
Nada disso! Por acaso estou a gostar muito desta conversa!
Também estou gostando da conversa. Aliás, falar da língua portuguesa é meu "hobby".
Eu não entendo uma regra sequer de gramática, não gosto de estudar a língua portuguesa pela escrita. Eu gosto da história. Acho muito interessante.
Não sei se escrevo certo... tenho que admitir que este é um dos motivos de eu não interagir muito com pessoas em fóruns, apesar de que eu prefiro "conversar escrevendo" a "conversar falando".
Se não fosse a Alessandra falar do Brasil, ter Rio de Janeiro por baixo do Avatar, passava bem por Portuguesa. Tirando uma ou outra palavra que a denuncia, diria que estava a falar com uma Portuguesa! Até já vi Portugueses darem mais pontapés na gramática que muitos dos Brasileiros presentes neste fórum! Por isso não se preocupe, participe à vontade, pois é a falar que a gente se entende
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