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De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Esta secção do Forum é dedicada à partilha de xperiências com o nosso sistema. Você utiliza um determinado conjunto de programas (e de uma determinada maneira) para aumentar a sua produtividade, então partilhe essa informação!

Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Claudio Novais » Ter, 28 de Maio 2013, 21:22

Vou responder conforme leio o seu post que ainda não o li... ;)

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Deixa eu falar antes disso que eu concordo com voce em genero numero e grau Claudio, antes de mais nada.

(E parece que algumas pessoas tem dificuldade de entender relacionamentos complexos. Eu gosto de muita coisa que a Canonical faz e não gosto de muita coisa que a Canonical faz. Estou sendo pragmático, não fanboy. Hell até antes do Ubuntu 13.04 vir, estava usando OpenSuse)

Sou exatamente da mesma maneira. Antes de experimentar o 13.04 estava com o Ubuntu 12.04 LTS e sem prognósticos de mudar para um Ubuntu mais moderno, no máximo estaria a cogitar passar o meu sistema principal para ElementaryOS! Em todo o caso, não sou cego, xiita. E com isto quero dizer que por muito que critique não sou 100% contra, mas também não sou nenhum fanboy que esconde as coisas más do Ubuntu, tal como muitas vezes acontece em fanboy da Apple (exemplo entre muitos).

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Mas ainda acho um pouco injusto (embora entenda sua preocupação) comparar os dois projetos em duas fases distintas. Ubuntu 10.10 mostrava um gnome 2.32 que desde o lançamento do gnome 2 tinha 8 anos de projeto.

O projeto Unity tem 2/3 anos. Pode colocar ai 5 anos que em termos de tecnologia é uma eternidade, você sabe disso.

Tanto Gnome Shell, Cinnamon e KDE tiveram (tem) problemas de estabilidade nos lançamentos das suas versões. Até o Elementary Luna que foi o ambiente mais rápido que ja usei tem os seus bugs. (Parece que eu sou o único sortudo desse forum que consegue ter o plank funcionando out of the box em multiplos monitores)

Certo, comparar projetos com idades diferentes não faz sentido. Mas fará sentido pôr em computadores de produção projetos com meses de vida? O Unity foi empurrado pela Canonical com meses de vida e os utilizadores do Ubuntu 11.04 foram obrigados e engoli-lo, quase. Para além disso, mesmo dois anos depois ele continua com sérios problemas generalizados, basta você arrastar um ficheiro rapidamente para uma pasta ou programa e tire as suas conclusões. Ah, e este é apenas um exemplo.

O Gnome-Shell nesse aspeto, que tem uma idade muito similar, está bem mais estável há bem mais tempo. Não funcionava bem o Gnome Shell no Ubuntu? Experimentassem no Fedora e viam que a coisa estava bem estável (ou noutra distro conhecida). Pantheon? Com uma equipa sem investimento conseguiram fazer um fork muito bom, apesar de ter alguns problemas. Em menos tempo conseguiram uma estabilidade muito superior na minha opinião, em relação ao Unity.

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Então assim.. eu realmente por mais que ache mais rapido não consigo achar justo duas interfaces completamente diferentes na sua maturidade.

Novamente repito, se não tem maturidade porque o puseram em sistemas para utilização em larga escala? Computadores a serem vendidos com esses Ubuntus; versão LTS com sistema visual com pouca maturidade; já para não falar no Ubuntu server. Se está num sistema pronto para o uso diário, como ditam estar (e efetivamente está), então a maturidade não pode ser um ponto assim tão fulcral para invalidade uma comparação. Sinceramente se o puseram cá fora, agora têm de levar com as críticas, até porque sistemas com a mesma idade têm maior maturidade: gnome-shell e cinnamon e até posso já incluir o Pantheon.

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Agora experiencia pessoal. Eu dou aula em um curso de informatica baseado em Linux. E aqui os laboratorios ja passaram por tudo. Ubuntu 10.04, Ubuntu 10.10. Kubuntu 12.04, Big Linux 12.04,Mint 13 e 14 (Alias mint 13 freezando a cada 2 minutos em qualquer máquina daqui) Jupiter, Luna e finalmente Ubuntu 12.04.

Esse ultimo foi o unico que meus alunos acharam mais bonito até que o windows 7/8 e o unico que os alunos querem instalar nas suas máquinas.


Apesar de todas as críticas que faço ao Unity, sou o primeiro a dizer: é o ambiente gráfico para Linux mais espetacular para trabalhar. Ao nível funcional para mim está no limiar a perfeição, falha apenas se calhar em não ter liberdade para mudar o local dos várias coisas que o constituem, de resto, acho-o muito bom e por isso uso-o diariamente.

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Seu sistema está bonito e rápido. mas pensou nas configurações que voce fez na aparencia dele? Pensa bem...Acha que uma pessoa que está entrando no mundo linux terá essa paciencia? O ubuntu é out of the box e esse isso atrai os usuarios, consequentemente os desenvolvedores.

Você falou bem, eu só alterei a aparência. Não mudei mais do que isso, aliás só me lembro das funcionalidades dos cantos através do Compiz. Claro que os usuários querem isso pronto, sem dúvida, mas há muitas distros assim, só que pouco conhecidas e que não sofrem de muitos problemas que o Ubuntu sofre, principalmente do peso associado. Em todo o caso, arrisco-me a dizer que apesar dos esforços, ao nível de out-of-the-box parece-me que não há nenhuma distribuição melhor, talvez haja similares.

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Quanto ao fator da canonical afunilar o linux. Infelizmente é assim que o mercado funciona. Filantropia e Negócios não andam muito bem de mãos dadas. O ubuntu para conseguir mercado terá que ser para o Linux o que o OSX é para o FreeBSD. Ok, mir é uma fragmentação que muitos achariam desnecessária? Concordo. Mas imagina se isso shipar daqui ha 3 anos? 


Eu por acaso tenho algumas esperanças que o Mir vá a ser algo que se usa como o Unity, onde se se quiser ter o Gnome-Shell simplesmente espera-se mais alguns segundos para que instale também o Wayland. Em todo o caso, só o futuro poderá dizer se será só isso ou se será precisa um dual-boot.

Sobre o afunilar ser aceitável, claro que é, é como as pesquisas da Amazon, aceita-se porque querem dinheiro. No entanto, detesto ver a falsidade estampada na cara quando vejo a dizer: "a canonical faz software open-source, qual é o problema afinal?". Pois bem o problema é ter fama e com isso dificultar a vida num ecossistema que apesar de fragmentado sempre funcionou com uma simbiose muito interessante. De tal forma que vocÊ faz um apt-get e instala várias coisas completamente diferentes/distintas e dos vários cantos do mundo. Algo que o Windows há uns anos não sonhava ter e agora pensa ter com a sua Store similar à da Apple e Google.

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:A contribuição gigante que a canonical estaria fazendo para o mundo linux como (querendo ou não) a google faz com o android?

O que eu mais temo é precisamente isso! A Google teve poder monetário para investir algo sozinha e desligou-se praticamente do mundo Linux. Algo que cada vez mais vejo que isso vai acontecer a longo prazo no Ubuntu. Ou seja, vai continuar open-source, para terem sempre o motivo de dizer "qual é o problema? afinal é open-source", no entanto, ao nível comunitário caminham para uma zona exclusiva, como o Android.

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Ou mesmo se não shipar, é inegável que os esforços da canonical no mir deram gás para o desenvolvimento do wayland... acredito que as vezes é preciso uma disrupção para evolução do desenvolvimento. Históricamente a comunidade Linux é assim.

Concordo a 100% e neste aspeto muita da culpa é de quem andava a investir dinheiro no Wayland e o pessoal não andava a trabalhar direito. Sabemos bem como é isso. Para quem não sabe o KDE sempre foi o patinho feio, sempre teve uma falta enorme de investimento comparando com o Gnome. Mesmo assim o KDE evolui de forma drástica, incrível. É um sistema relativamente leve e com um visual lindíssimo. Ah e eu não sou nada fã do KDE. PElo contrário, o Gnome sempre foi um projeto com muito investimento. Se isso resultou em bom software. Resultou, mas não se distingui do KDE. E no Wayland parece-me que a coisa deve ser similar. No entanto, não sei se o Wayland tem algo investimento a sério como o Gnome já teve pelo menos em tempos.

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Analisando o mercado,percebemos que as grandes (microsoft e apple) deixaram um espaço gigante para um terceiro sistema, tanto no espaço mobile tanto no desktop.Desses principais sistemas,para mim o ubuntu é o que melhor aproveita o cloud computing (mais que o chrome OS) e isso é grande, se aproveitado, fará diferença.

Atualmente acho que sim, mas acho que tudo vai caminhar para os ecossistemas. Aliás, prevejo uma exclusividade para cada empresa e daqui a uns anos vamos andar a lutar pela padronização de clouds privadas, em que o pessoal vai querer a Xbox compatível com a AppleTV e o iPhone compatível com o tablet como Ubuntu Phone (exemplos hipotéticos apenas).

AmmonMa (26-05-2013, 22:28) escreveu:Mas sim, a canonical tem muito trabalho pela frente, (central de programas, consumo de bateria,performance e etc) E a estratégia ainda está certa. É preciso ser agressivo mesmo. Go big or go home.

Esse mercado é difícil. Pra ser big player tem que tomar algumas medidas radicais.

Concordo que tenha de tomar medidas radicais, aliás o Wayland só acordou por causa disso. Lembro-me de uma decisão radical que me assustei na altura mas acho que foi excelente, o pidgin. O pessoal gostava muito desse software porque era o que vinha por padrão. No entanto havia muita arrogância no projeto e a Canonical cortou o mal pela raiz. Acho que foi das melhores decisões apesar de ter havido MUITA discussão na altura. Como essa outras houve.

No entanto, ir contra a comunidade e depois usar a comunidade para diversos fins, acho errado. Por um lado fazem o Ubuntu Touch completamente à medida deles e sem quererem quase saber da comunidade; no entanto fartam-se de pedir À comunidade para o tornar compatível com outros dispositivos.

Um pouco de humanismo, moralidade e ética nunca é de mais. ;)
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Luis Cardoso » Ter, 28 de Maio 2013, 21:32

Claudio Novais (28-05-2013, 19:53) escreveu:
marcos.vargens (25-05-2013, 18:24) escreveu:É mas não vamos ser injustos. Me lembro bem que o Ubuntu não funcionava sem ajustes no Terminal. Hoje você instala e já usa. Ele reconhece a maioria do hardware e tem opções de configuração. Na época do 10.10 algumas coisas ainda eram um parto para funcionar.
E todo mundo critica o 11.04 pelo Unity, mas se esquecem de uma coisa que até hoje me deixa com uma baita puga atrás da orelha:
Se não me engane o 10.10 foi o auge do gtk+2.0. Quando o 11.04 veio com o Unity, trouxe com ele o gtk+3. Eu acho que um dos vilões da nossa lentidão também é o gtk. Não vi nenhum comparativo mas seria muito bom ver um.

Isso depende muito da compatibilidade do sistema com o hardware utilizado. Dantes, havia um problema extremamente comum que estava relacionado com o acesso à internet: utilização de modems via USB. Esse talvez tenha sido o maior problema de sempre que os sistema Linux tinham pois esses modems nunca traziam qualquer suporte para Linux.

Com o tempo, eles desapareceram e apenas sobraram os routers com acesso padronizado e portanto extremamente fácil de comunicar e sobraram também as pens de Internet que nisso o Ubuntu é muito bom.

De resto, tudo dependia muito de compatibilidades com o hardware, e na altura havia sim faltas de compatibilidades. Mas não é fruto de suor da Canonical. Claro que ela tem o seu mérito também (por exemplo nas pens de Internet), mas no geral foi o hardware que ficou mais padronizado e o Kernel que evoluiu muito.

Se quer exemplos de coisas que não aconteciam dantes era as placas ATI, agora exigem terminal. Tudo é relativo nesse aspeto, mas que não é a Canonical o maior bem feitor no não-uso do terminal, isso garanto-lhe que não! Da maior parte dos motivos que você pode arranjar foi o pessoal do projeto Gnome que tratou de fazer interfaces.

Por fim, a coisa é tão relativa que o meu portátil antigo não precisava de uma única linha de comando para ter um Ubuntu espetacular. Já o meu computador atual precisa que eu instale o Bumblebee que na prática apesar de poder fazer tudo por janelas, é mais fácil pelo terminal (com o apt-add-repository).

No início de utilização do Ubuntu, não precisei de linhas de comando para conseguir usar o modem 3G via PCMCIA Type II. No entanto quando passei para o Ubuntu 9.10 deparei-me com isto:

Comentário de Luís Cardoso (aka wolfytuga) escreveu:Olá!

Instalei o Ubuntu 9.10 de raiz, mas tenho agora um grande problema, fiquei sem net 3G:
    Banda Larga Móvel - 3G (Vodafone)
    PCMCIA Typ II
    Taxa original: 384 kbps (actualizado para 2 Mbps)
    [sei que é lenta, mas para o que faço chega!]

Faço a configuração tal como fiz na versão anterior, mas na hora de ligar, fica um tempo a tentar ligar, mas depois indica:

    'GSM - está desligado

    Está agora offline' (algo assim do género)

Sei que ultimamente tenho tido alguma dificuldade em ligar-me, mas com o 9.04 permitia voltar a tentar sem ter de ejectar a placa, e com este tenho de a ejectar, pois ele não permite uma nova tentativa.

Só me falta conseguir contornar isto para que esteja tudo na boa. Agradeço desde já qualquer ajuda ou explicação para o facto...


O que supostamente deveria ser automático, na realidade ficou pior do que a versão anterior, que me obrigou a rever pormenores, cujo utilizador mais leigo não saberia (vocês nem imaginam como são os meus backups, chamariam-me louco, mas foi o que me valeu xD)... No 8.04 e 8.10 funcionava na boa, no 9.04 apresentava alguma instabilidade que fazia com que a ligação fosse abaixo... Mas no 9.10, foi a pior!
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Claudio Novais » Ter, 28 de Maio 2013, 23:19

E.Granja (27-05-2013, 13:59) escreveu:Sou novato no ambiente Linux e tenho pouco tempo de experiência, uso o Ubuntu a pouco mais de um ano. Minha primeira versão de uso foi a Precise (12.04) e desde então, abandonei o Windows (exceto para alguns jogos da qual ainda não existe previsão de portabilidade).
Li todas as postagens deste tópico e já acompanho o Ubuntued tem bastante tempo, se for de alguma valia, vou deixar minha experiência com o sistema.


A opinião dos utilizadores é sempre uma mais valia! Haver discussões [saudáveis] é sempre importante no forum! ;)

E.Granja (27-05-2013, 13:59) escreveu:Testei várias distribuições e apesar de ter percebido uma melhor fluidez no Gnome do Fedora, adotei o Ubuntu 12.04 LTS Precise pelo tamanho e comentários da comunidade. Gostei tanto do sistema que também o instalei em meu Desktop que na época rodava um Dual Core 2 Duo E4400 (2gHz) com 2gB de RAM e placa de vídeo Nvidia GTS 250.


Pois, o Ubuntu ganha sempre, praticamente, no que toca a utilizadores novos, vindos do Windows. O facto de ele ser muito conhecido pela comunidade enorme que tem e o facto de existir algum marketing associado faz com que a escolha recaia sempre para o Ubuntu. Em todo o caso o factor mais determinante, que é ser out-of-the-box, é provavelmente o ponto chave de o ubuntu continuar a ser a primeira escolha. Em todo o caso o Mint está aí a par com o Ubuntu, no entanto, sinceramente, nunca me inclinei muito para o Mint.

E.Granja (27-05-2013, 13:59) escreveu:Hoje, tenho um desktop atualizado com um processador i3 2100, 4gB de RAM e placa de video ATI HD7700 e o mesmo Netbook HP Mini que uso para testes e estudos. No desktop, após alguns crashes no Ubuntu 12.10 e principalmente no 13.04 (pouco suporte para placas ATI), decidi fazer o downgrade para a versão 12.04 onde tenho melhor suporte e compatibilidade ao Steam. Mesmo que eu tenha pouco tempo para jogar, comprei ainda alguns jogos para estimular o desenvolvimento da plataforma.

É as ATIs são um grande problema. Mas não é culpa do Ubuntu ou de outra coisa qualquer associada ao mundo open-source. Infelizmente a culpa é inteiramente da ATI que não dá suporte mínimo suficiente.

E.Granja (27-05-2013, 13:59) escreveu:No Netbook, que roda um Atom 1.67gHz com 1gB de RAM, tive muita dificuldade para achar uma plataforma que me desse fluidez e tempo razoável de boot, algo que o Windows 7 Starter nunca entregou (boot em 1m40s e vários hangs durante a utilização). Confesso que após a minha adaptação ao Unity, não consigo mais usar nenhuma interface que não me ofereça o que ela entrega, seja em design, seja em otimização de espaços. Testei o Unity 2D do Precise 12.04, e achei algo na net sobre o 10.10 e seu famoso tempo de boot (algo em torno de 15 a 20s). Por fim, após vários testes, fiquei com o Xubuntu 12.10 configurado e otimizado para me dar a mesma experiência do Unity.

É eu também não consigo desligar do Unity. É extremamente prático e a otimização de espaço é perfeita! Para além disso é o melhor sistema gráfico a funcionar out-of-the-box para dual monitor, o que para mim ainda é mais perfeito.


E.Granja (27-05-2013, 13:59) escreveu:Vou aguardar o MiR e aposto nele como uma interface que será desenhada para rodar nos hardwares limitados dos dispositivos móveis, principalmente porque, apesar de ter testado uma infinidade de distribuições (Puppy, SliTaz, Fedora, Mint, Easy Peasy, WattOS, Tiny, Lubuntu, JoliCloud, etc.) no hardware limitado do HP Mini, a única que me entregou uma boa relação de drivers, facilidade, velocidade e estabilidade, foi o sabor XFCE do Ubuntu.

EU gostava muito de acreditar nisso, infelizmente a Canonical nunca foi, nem de perto, a melhor empresa a produzir software otimizado. Os softwares mais conhecidos que ela fez de raiz para o Ubuntu são pesados: Unity e Central de programas do Ubuntu. Para além disso, já avisaram que o Ubuntu Touch precisa de um quad-core (acho que era isto que pediam). Portanto está visto que a otimização não deverá ser o centro de atenções novamente. Para além disso, uma vez que irá haver comunicação direta com a placa de vídeo, ela precisa de ser bem compatível, caso contrário, adeus Ubuntu, não pode instalar.

Portanto, acho que hardwares antigos estarão fora de questão. Mais uma vez sobre este assunto digo: espero estar errado, mas infelizmente temo que isto aconteça.

E.Granja (27-05-2013, 13:59) escreveu:Este foi o melhor tópico que li até hoje aqui no Ubuntued, tanto que me motivou a escrever este comentário.

Você está a dizer todo o fórum não presta??????? Você quer ser banido? :twisted: Brincadeira xD Então você não gosta do tópico dos desktops? Para mim esse é o melhor do forum! :OK:

E.Granja (27-05-2013, 13:59) escreveu:Espero participar mais ativamente a partir de hoje.

Fico à espera dessa participação! :D
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Claudio Novais » Ter, 28 de Maio 2013, 23:31

Xterminator (28-05-2013, 12:30) escreveu:o ubuntu é lerdo e não é culpa do gtk nem tampouco do JS, é culpa de software mal feito, quando o ubuntu era 100% gtk/gnome estes problemas não existiam porque eles não tinham que colocar a mão na massa era só tirar proveito, o gtk3 consome praticamente os mesmos recursos do gtk2, o trabalho que está sendo feito no elementary "que ficara pronto, quando estiver pronto" tirando algumas coisas que fizeram creio que está sendo simplesmente limpar todo código remendado que herdou do ubuntu, tudo que vem do ubuntu é lerdo por natureza.

Realmente enquanto lia este tópico falaram que a culpa podia estar com o GTK3. Fiquei a pensar e não consegui arranjar nenhuma prova do contrário. De tal forma que apesar de já me ter passado pela cabeça antes, começava a achar que talvez tivesse alguma coisa relacionada.

Mas você com o exemplo do elementary destronou por completo esse argumento. O Elementary é dos melhores exemplos de um sistema rápido, eficiente e acima de tudo Bonito. Apesar de eu achar o Unity extremamente prático, acho-o grosseiro e até relativamente feito. Os menus são GTK, os indicadores são GTK, o dash é uma película transparente com fade pesado que nem todos o podem usar. Felizmente uso-o.

Já o pantheon (elementary) e o Gnome-Shell têm visuais muito mais agradáveis! Efeitos visuais simples mas bonitos e diversificados. Já o Unity pouco tem e mesmo assim é pesado. Portanto culpar o GTK3 é descabido e isso também já podia ser provado com outras distros, mas no caso do Elementary a prova encaixa melhor pois a base continua a ser Ubuntu.

Xterminator (28-05-2013, 12:30) escreveu:O Ubuntu levou 6 anos para conquistar usuários se aproveitando do Debian e do Gnome,

É o que venho a dizer desde há muito tempo! O Unity é a única novidade do Ubuntu nos últimos anos. Mais nada. Claro que fazem manutenção dos repositórios, mas isso é algo muito atrelado ao Debian também, apesar de haver muita coisa que o Ubuntu até faz primeiro.

O facto é que mais de metade dos pacotes do Ubuntu são cópia direta do Debian. Por exemplo no Saucy Salamander, até à UDS (que foram algumas semanas) o trabalho que os desenvolvedores tiveram (pelo menos publicamente) foi copiar os repositórios. Isso foi oficial. Quando anunciaram a construção do repositório a única coisa que disseram foi: fazer mirroring dos repositórios do Debian.

Depois ao nível de interface, o GNome é claramente a única fonte de novidade que o Ubuntu traz a cada 6 meses. É isso e as novidades do Unity que pouco interessam e apenas criam discussões nas comunidades do Ubuntu. Lembro-me de toda a gente falar das excelentes funcionalidades do Ubuntu 12.10, nomeadamente das contas online e até da Configurações do Sistema. Isso não era nada da Canonical, tudo do projeto Gnome. Mas mesmo assim a Canonical lá ficou com o título de revolucionária.

Xterminator (28-05-2013, 12:30) escreveu: de 2010 para cá está andando com as próprias pernas "somente onde o usuário vê", o Unity é lindo maravilhoso, tem funções legais, mas é um elefante branco, minha máquina é razoável, e bem configurada, e mesmo nela o Unity parece uma tartaruga.

Não acho bonito e sem dúvida que fico triste ao ver o meu i5 com lentidão. No entanto, infelizmente é o mais prático dos DEs disponíveis. :|
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor marcos.vargens » Qua, 29 de Maio 2013, 6:15

Só para esclarecer, eu não afirmei que o culpado da lentidão era o GTK, eu disse que suspeitava. Pelo visto a suspeita já caiu por terra, ótimo, mas ainda assim, pelos relatos de quem testou outras distros, nenhuma (além do Arch) consegue ser igual ou melhor que o Ubuntu 10.10 em termos de velocidade. Então ainda fica a duvida do porque as outras distros também não conseguem bater esse record.

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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Luis Cardoso » Qua, 29 de Maio 2013, 11:50

marcos.vargens (29-05-2013, 5:15) escreveu:Só para esclarecer, eu não afirmei que o culpado da lentidão era o GTK, eu disse que suspeitava. Pelo visto a suspeita já caiu por terra, ótimo, mas ainda assim, pelos relatos de quem testou outras distros, nenhuma (além do Arch) consegue ser igual ou melhor que o Ubuntu 10.10 em termos de velocidade. Então ainda fica a duvida do porque as outras distros também não conseguem bater esse record.

Está também relacionado com o Kernel, o próprio Sr. Linus já afirmou que está a ficar gordinho... Ora, como a Canonical oferece uma solução genérica (tal como outras distros), o utilizador tem de levar com aquilo tudo por tabela. Já no Arch, como tudo é adaptado ao computador alvo, já só carrega o que é mesmo necessário, libertando assim de extras não úteis!
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Rez » Qua, 29 de Maio 2013, 13:00

Luis Cardoso (29-05-2013, 10:50) escreveu:Está também relacionado com o Kernel, o próprio Sr. Linus já afirmou que está a ficar gordinho... Ora, como a Canonical oferece uma solução genérica (tal como outras distros), o utilizador tem de levar com aquilo tudo por tabela. Já no Arch, como tudo é adaptado ao computador alvo, já só carrega o que é mesmo necessário, libertando assim de extras não úteis!


E é exatamente por isso que me fiz passar por um longo e complicado processo de adaptação (diria até que foi um processo de "desAPT-GETização") pra aprender a usar o Arch. Claro, o gnome ainda vem com uns softwares desnecessários ou até meio capengas - como o evince, que não abre nem arquivos .oxps - que tem um certo peso, mas nada que não possa ser contornado. E como dito, por causa dessas minúcias do Arch, ele é o único que se compara com o Ubuntu nos bons tempos do Lucid/Maverick.
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Xterminator » Qua, 29 de Maio 2013, 13:57

Rez (29-05-2013, 12:00) escreveu:
Luis Cardoso (29-05-2013, 10:50) escreveu:Está também relacionado com o Kernel, o próprio Sr. Linus já afirmou que está a ficar gordinho... Ora, como a Canonical oferece uma solução genérica (tal como outras distros), o utilizador tem de levar com aquilo tudo por tabela. Já no Arch, como tudo é adaptado ao computador alvo, já só carrega o que é mesmo necessário, libertando assim de extras não úteis!


E é exatamente por isso que me fiz passar por um longo e complicado processo de adaptação (diria até que foi um processo de "desAPT-GETização") pra aprender a usar o Arch. Claro, o gnome ainda vem com uns softwares desnecessários ou até meio capengas - como o evince, que não abre nem arquivos .oxps - que tem um certo peso, mas nada que não possa ser contornado. E como dito, por causa dessas minúcias do Arch, ele é o único que se compara com o Ubuntu nos bons tempos do Lucid/Maverick.

Olha Rez não me leve a mal, mas qualquer tipo de arquivo feito pelo MS é sempre mais complicado de abrir no Linux (não é impossível), você está condenando o software Evince que abre a maioria dos tipos de arquivos conhecidos PDF,DJVU,PS,EPS entre outros
https://live.gnome.org/Evince/SupportedDocumentFormats
O próprio Windows em versões anteriores tem dificuldade em manipular este tipo de arquivo.
Creio que instalando a biblioteca correta seu problema seja resolvido
https://live.gnome.org/libgxps
https://aur.archlinux.org/packages.php?ID=51635
Veja que a maioria dos problemas são problemas específicos de Distribuições e não relativos ao Gnome, em qualquer distribuição você pode encontrar problemas específicos com qualquer tipo de arquivo.
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Claudio Novais » Qua, 29 de Maio 2013, 15:48

marcos.vargens (29-05-2013, 5:15) escreveu:Só para esclarecer, eu não afirmei que o culpado da lentidão era o GTK, eu disse que suspeitava. Pelo visto a suspeita já caiu por terra, ótimo, mas ainda assim, pelos relatos de quem testou outras distros, nenhuma (além do Arch) consegue ser igual ou melhor que o Ubuntu 10.10 em termos de velocidade. Então ainda fica a duvida do porque as outras distros também não conseguem bater esse record.

Eu não estava a falar em você em concreto Marcos! ;) Quando disse aquilo foi mais no sentido que eu próprio, outrora, já tinha pensado nisso também. Mas o argumento do Edson foi bastante plausível.

Não sei se só o Arch se debate de frente com esse Ubuntu, até porque esse Ubuntu não era nenhum "Deus" dos sistemas operativos. Apesar de não ter experimentado na altura o Debian, acredito que ele fosse mais rápido, por exemplo.

Sobre o geral das distribuições, elas usam muitos softwares iguais, aliás uma grande parte das distribuições deve ter talvez uns 40% de pacotes iguais (e com versões sensivelmente diferentes). No entanto, o que tenho visto é que a camada inferior, aparte do Kernel, tem-se mantido intacta e otimizada ao longo do tempo. No entanto, a parte mais frontal tem recebido muito desenvolvimento.

E vou chamar a este desenvolvimento, de "desenvolvimento moderno". Este conceito que estou a dizer, e que lhe estou agora a dar um nome, é algo que tenho visto muito em praticamente todas as áreas. Ao contrário do software antigo em que era desenvolvido com objetivo de caber nas memórias RAM de alguns KBytes, e portanto era muito otimizado, atualmente as coisas são muito dispendiosas, porque final há recursos mais que suficientes. Ora esta noção, infelizmente muito errada, tem-se apresentado generalizada em tudo (talvez exceto eletrónica), desde computadores aos smartphones. Isto infelizmente é algo natural para a indústria de computadores e smartphones, para poderem venderem produtos ainda mais poderosos. No entanto, tudo isto podia ser evitado, bastando ter maior cuidado.

Um dos maiores problemas desta lentidão do tal "desenvolvimento moderno", a par com essa despreocupação que falei, é as novas linguagens de programação. O facto de elas serem extremamente modelares faz com que os objetos que se utilize na programação sejam várias vezes encapsulados para que o desenvolvimento seja ágil e simples. Isto é ótimo. Adoro fazer uma pequena aplicação em meia hora, por exemplo. Mas qual é a performance dela? Provavelmente fraca.

Já no caso concreto do Ubuntu, este para além de sofrer enormemente da tal despreocupação, basta olhar para o Unity e para a Central de Programas do Ubuntu, ele ainda usa uma linguagem que tem altos problemas no arranque. Infelizmente é a linguagem de programação que eu mais gosto, mas ela é mesmo muito má para ser usada em pequenas aplicações. Talvez em aplicações grandes, que estão sempre abertas, seja boa. No entanto, a abertura das aplicações como é lenta não é nada boa para pequenas aplicações. Falo, pois claro, do Python. Há muita coisa no Ubuntu que usa o Python. Na parte dos indicadores nem se fala. E portanto um dos problemas de lentidão advém daí de certeza.

Aliás, se compararem com o ElementaryOS, este usa o Vala, uma linguagem com uma compilação diferente e os resultados são bastante mais favoráveis. (aos que vêm dizer da compilação do python, certo, no python não se compila, mas existe o .pyc ;) )
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Claudio Novais
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Re: De uma era de Ouro para uma era modernamente controversa

Mensagempor Rez » Qua, 29 de Maio 2013, 22:54

@Xterminator, só usei o evince como exemplo. E eu falei em oxps, a versão aberta do xps da microsoft. Citei ele em específico porque foi o primeiro que lembrei, já que onde trabalho tem máquinas que apenas imprimem para arquivos xps/oxps.
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Rez
 
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